As novas tecnologias e o poder
que a internet começou a ter na vida de cada pessoa aumentou de uma forma exponencial,
sendo que esta vivência em redor de hábitos virtuais facilitou o quotidiano de
grande parte da população, como exemplo disso é habitual a possibilidade de
fazer compras, num supermercado, e a encomenda do transporte da alimentação a
casa, por vezes sem qualquer custo adicional, apenas sendo pedido os dados
pessoais, como cartão de multibanco. A verdade é que estas facilidades possibilitam
uma maior qualidade de vida àqueles que recorrem a estas funcionalidades. Ainda que tudo pareça simples e sem
complicações, a população paga um valor elevado quanto à sua segurança,
colocando-a em causa diariamente quando acede a sites ou disponibiliza informações de cariz pessoal, entregando a sua
segurança a uma organização/fonte desconhecida, que as utiliza para diversos
motivos. Com esta frequente utilização da tecnologia, também daí advém um
aumento “dos principais perigos
tecnológicos que, já hoje, afeta pessoas e organizações. Afinal, os ataques de
Negação de Serviço fazem parte da Informática desde os seus primórdios. No
entanto, nunca tiveram o potencial destrutivo que podem ter alavancados pela enormidade
da Internet das Coisas”. (Exame Informática, 2016).
Estes
perigos também resultam do desconhecimento por parte dos usuários em distinguir
aquilo que pode ser visitado ou acedido na internet, assim como pela
consciencialização daquilo que deve ser exposto ao mundo. Frequentemente, as
redes sociais são usadas como uma forma de demonstração da vida, dos interesses
e hábitos praticados pelos cibernautas, esquecendo-se de fazer uma triagem
daquilo que deve ser realmente exposto, que não comprometerá a privacidade e a
segurança. Como refere Paulo Vasconcelos, no site Visão, “Não obstante as fantásticas capacidades e oportunidades que a internet
nos trás, não devemos esquecer que é uma montra que nos expõe e que tem a força
da onda que nunca dominaremos.”
No
seminário com o Professor João Torres, este último alertou para o facto de uma
exposição momentânea de uma imagem ou vídeo ser fulcral para esse mesmo
ficheiro se tornar viral em todo mundo, sendo impossível torná-lo extinto neste
mundo virtual recheado de fotografias comprometedoras de pessoas de diversas
nacionalidades, que entraram, na internet, por motivos diversos, através do
envio de nudes a namorados, pela entrada de hackers nos computadores ou até por
estes ficheiros se encontrarem “na nuvem
s em sequer sabermos o local físico onde estão. Por exemplo se usarmos software
da Google, e estando na europa os nossos dados podem estar ou na Irlanda
(Dublin), ou na Holanda (Eemshaven), ou na Finlândia (Hamina), ou ainda na
Bélgica (St Ghislain). Mas o que podem fazer com as nossas fotos? Muita coisa
…” ( Paulo Vasconcelos, 2016 in Revista Visão).
Precedentemente
à entrada no uso das tecnologias, todos deveriam receber informação das
funcionalidades da internet, assim como tudo que pode trazer ancorado a si,
permitindo o uso das tecnologias com uma maior consciencialização, assim como a
possibilidade de perceber aquilo que pode ser fidedigno ou não. Este
conhecimento pode ser de extrema importância em distintas ocasiões, sendo que senti
bastante dificuldade em separar a informação credível da pouco fidedigna, durante
o meu percurso académico. Infelizmente, não se torna de fácil compreensão perceber
essa distinção, existindo pequenas caraterísticas que o definem como uma fonte
pouco segura. Durante as aulas da presente unidade curricular, foram referidas
algumas formas de perceção da credibilidade de um site tais como, se está escrito em Português do Brasil ou até se
provém de blogues sem indicação da própria bibliografia.
Com
o passar dos tempos e com a minha envolvência neste mundo virtual, considero-me
desprotegida, pois por mais que saiba aquilo
que devo ou não fazer ou da forma como devo agir face à minha segurança e do
meu perfil em redes sociais sinto que nunca são as precauções suficientes. Cada
vez mais tenho noção dos riscos que a internet pode causar e do quanto pode
afetar pessoas desinformadas e despreocupadas na relação que mantém com as
tecnologias. Era importante que a entrada das TIC no currículo educacional
pudessem trazer associados a si um alerta constante daquilo que são as boas
práticas e de uma maior vigia das nossas crianças. Se as mesmas forem
conduzidas para a prática segura do uso das tecnologias vão tornar-se futuros
cibernautas mais informados e, por consequência, vai ser reduzido o número de
vítimas. Frequentemente, como refere Paulo Vasconcelos, nós somos o nosso maior
inimigo, pois as nossas práticas são descuradas, colocando em causa a nossa
segurança na internet quando clicamos em links “sem razão que não seja por puro voyeurismo ou ao abrir
inadvertidamente ficheiros com a gula de obter algo de forma fácil e sem custos”
( Paulo Vasconcelos, 2016 in Revista Visão). Considero que devemos ter a
noção dos perigos que corremos quando utilizamos qualquer ferramenta
tecnológica e ponderar se as nossas atitudes trarão aliadas a si consequências
negativas. Os cuidados que desenvolveremos no nosso quotidiano podem ser
passadas a outras gerações que irão estar despertas para um uso correto de
qualquer tecnologia, sendo que as mesmas comandarão o mundo.
Em
suma, considero que estou inserida numa geração submissa ao uso das
tecnologias, fazendo desse uso um hábito e uma dependência que impossibilita a
anulação desse uso em qualquer momento do meu dia, seja durante a realização de
um trabalho ou por simples lazer. Como refere Paulo Vasconcelos, na revista
Visão, as melhores práticas são o bom senso e o juízo.
Adriana Pereira 3ºLEB A
Bibliografia
Oliveira,
Pedro Miguel (2016), Quem vigia a
Internet de Todas as Coisas? , Online, disponível em http://exameinformatica.sapo.pt/opiniao/2016-11-16-Quem-vigia-a-Internet-de-Todas-as-Coisas-
Sem
Autor (2016), Internet das Coisas tem
muitos benefícios mas deve ser usada com algum cuidado, Online, disponível em http://tek.sapo.pt/noticias/internet/artigo/internet_das_coisas_tem_muitos_beneficios_mas_deve_ser_usada_com_algum_cuidado-49539ust.html
Vasconcelos,
Paulo (2016), O surfista e a onda: fraude
na internet, Online, disponível em http://visao.sapo.pt/opiniao/silnciodafraude/2016-11-03-O-surfista-e-a-onda-fraude-na-internet
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