segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Reflexão individual: Segurança na internet (Adriana Pereira)


           As novas tecnologias e o poder que a internet começou a ter na vida de cada pessoa aumentou de uma forma exponencial, sendo que esta vivência em redor de hábitos virtuais facilitou o quotidiano de grande parte da população, como exemplo disso é habitual a possibilidade de fazer compras, num supermercado, e a encomenda do transporte da alimentação a casa, por vezes sem qualquer custo adicional, apenas sendo pedido os dados pessoais, como cartão de multibanco. A verdade é que estas facilidades possibilitam uma maior qualidade de vida àqueles que recorrem a estas funcionalidades.  Ainda que tudo pareça simples e sem complicações, a população paga um valor elevado quanto à sua segurança, colocando-a em causa diariamente quando acede a sites ou disponibiliza informações de cariz pessoal, entregando a sua segurança a uma organização/fonte desconhecida, que as utiliza para diversos motivos. Com esta frequente utilização da tecnologia, também daí advém um aumento “dos principais perigos tecnológicos que, já hoje, afeta pessoas e organizações. Afinal, os ataques de Negação de Serviço fazem parte da Informática desde os seus primórdios. No entanto, nunca tiveram o potencial destrutivo que podem ter alavancados pela enormidade da Internet das Coisas”. (Exame Informática, 2016).
            Estes perigos também resultam do desconhecimento por parte dos usuários em distinguir aquilo que pode ser visitado ou acedido na internet, assim como pela consciencialização daquilo que deve ser exposto ao mundo. Frequentemente, as redes sociais são usadas como uma forma de demonstração da vida, dos interesses e hábitos praticados pelos cibernautas, esquecendo-se de fazer uma triagem daquilo que deve ser realmente exposto, que não comprometerá a privacidade e a segurança. Como refere Paulo Vasconcelos, no site Visão, “Não obstante as fantásticas capacidades e oportunidades que a internet nos trás, não devemos esquecer que é uma montra que nos expõe e que tem a força da onda que nunca dominaremos.”         
             No seminário com o Professor João Torres, este último alertou para o facto de uma exposição momentânea de uma imagem ou vídeo ser fulcral para esse mesmo ficheiro se tornar viral em todo mundo, sendo impossível torná-lo extinto neste mundo virtual recheado de fotografias comprometedoras de pessoas de diversas nacionalidades, que entraram, na internet, por motivos diversos, através do envio de nudes a namorados, pela entrada de hackers nos computadores ou até por estes ficheiros se encontrarem “na nuvem s em sequer sabermos o local físico onde estão. Por exemplo se usarmos software da Google, e estando na europa os nossos dados podem estar ou na Irlanda (Dublin), ou na Holanda (Eemshaven), ou na Finlândia (Hamina), ou ainda na Bélgica (St Ghislain). Mas o que podem fazer com as nossas fotos? Muita coisa …” ( Paulo Vasconcelos, 2016 in Revista Visão).
            Precedentemente à entrada no uso das tecnologias, todos deveriam receber informação das funcionalidades da internet, assim como tudo que pode trazer ancorado a si, permitindo o uso das tecnologias com uma maior consciencialização, assim como a possibilidade de perceber aquilo que pode ser fidedigno ou não. Este conhecimento pode ser de extrema importância em distintas ocasiões, sendo que senti bastante dificuldade em separar a informação credível da pouco fidedigna, durante o meu percurso académico. Infelizmente, não se torna de fácil compreensão perceber essa distinção, existindo pequenas caraterísticas que o definem como uma fonte pouco segura. Durante as aulas da presente unidade curricular, foram referidas algumas formas de perceção da credibilidade de um site tais como, se está escrito em Português do Brasil ou até se provém de blogues sem indicação da própria bibliografia.
            Com o passar dos tempos e com a minha envolvência neste mundo virtual, considero-me desprotegida,  pois por mais que saiba aquilo que devo ou não fazer ou da forma como devo agir face à minha segurança e do meu perfil em redes sociais sinto que nunca são as precauções suficientes. Cada vez mais tenho noção dos riscos que a internet pode causar e do quanto pode afetar pessoas desinformadas e despreocupadas na relação que mantém com as tecnologias. Era importante que a entrada das TIC no currículo educacional pudessem trazer associados a si um alerta constante daquilo que são as boas práticas e de uma maior vigia das nossas crianças. Se as mesmas forem conduzidas para a prática segura do uso das tecnologias vão tornar-se futuros cibernautas mais informados e, por consequência, vai ser reduzido o número de vítimas. Frequentemente, como refere Paulo Vasconcelos, nós somos o nosso maior inimigo, pois as nossas práticas são descuradas, colocando em causa a nossa segurança na internet quando clicamos em links “sem razão que não seja por puro voyeurismo ou ao abrir inadvertidamente ficheiros com a gula de obter algo de forma fácil e sem custos” ( Paulo Vasconcelos, 2016 in Revista Visão). Considero que devemos ter a noção dos perigos que corremos quando utilizamos qualquer ferramenta tecnológica e ponderar se as nossas atitudes trarão aliadas a si consequências negativas. Os cuidados que desenvolveremos no nosso quotidiano podem ser passadas a outras gerações que irão estar despertas para um uso correto de qualquer tecnologia, sendo que as mesmas comandarão o mundo.
            Em suma, considero que estou inserida numa geração submissa ao uso das tecnologias, fazendo desse uso um hábito e uma dependência que impossibilita a anulação desse uso em qualquer momento do meu dia, seja durante a realização de um trabalho ou por simples lazer. Como refere Paulo Vasconcelos, na revista Visão, as melhores práticas são o bom senso e o juízo.

 Adriana Pereira 3ºLEB A

Bibliografia 

Oliveira, Pedro Miguel (2016), Quem vigia a Internet de Todas as Coisas? , Online, disponível em  http://exameinformatica.sapo.pt/opiniao/2016-11-16-Quem-vigia-a-Internet-de-Todas-as-Coisas-
Sem Autor (2016), Internet das Coisas tem muitos benefícios mas deve ser usada com algum cuidado,  Online, disponível em  http://tek.sapo.pt/noticias/internet/artigo/internet_das_coisas_tem_muitos_beneficios_mas_deve_ser_usada_com_algum_cuidado-49539ust.html
Vasconcelos, Paulo (2016), O surfista e a onda: fraude na internet, Online, disponível em  http://visao.sapo.pt/opiniao/silnciodafraude/2016-11-03-O-surfista-e-a-onda-fraude-na-internet


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